Centrais enviam recado para Temer: não mexa com a CLT

Centrais enviam recado para Temer: não mexa com a CLT

22 de agosto de 2016
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Grande ato na frente da Fiesp mostra que se golpistas insistirem em retiradas de direitos trabalhistas, Brasil pode parar

Na manhã desta terça-feira (16), a CUT e demais Centrais sindicais reuniram mais de seis mil pessoas na frente da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em mais uma atividade do “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”. As entidades aproveitaram o ato para enviar um recado ao governo ilegítimo de Michel Temer.

“Assim como a Fiesp avisou que não pagaria o pato, os trabalhadores também não vão. Os trabalhadores querem seus empregos garantidos, não permitiremos que esse governo golpista avance nos nossos direitos. Nosso aviso está dado, se mexer com a classe trabalhadora, nós vamos parar esse País”, alertou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Outro dirigente que aproveitou a manifestação na frente da Fiesp foi Edson Carneiro, o Índio, secretário-geral da Intersindical. “Chega de ouvir o [Paulo] Skaf dizendo que vai pagar o pato, ele tem que pagar são os impostos sobre suas propriedades. O Michel Temer é um mordomo do diabo e fica aqui o recado para ele: ‘Temer, tire suas patas sujas da CLT’”,

Diante dos inúmeros balões e faixas de sindicatos de toda parte do estado, as lideranças seguiram se revezando no microfone, alertando a militância e transeuntes que estavam na avenida Paulista sobre as consequências das ações tomadas por Michel Temer.

“O que estamos vendo por todo o País é uma rejeição ao governo que aí está, que nem é ainda governo empossado, não sabemos o que acontecerá semana que vem em Brasília [o Senado votará entre os dias 25 e 31 de agosto o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff]. O Temer tem sido vaiado em todas as partes do Brasil, por todos os lados temos visto protestos contra suas medidas. Aliás, essas medidas de arrocho pra cima da classe trabalhadora, se fossem boas, teriam resolvido a crise na Europa, que se arrasta desde 2008”, lembrou Sérgio Nobre.

Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, pediu que as Centrais se mantenham unidas. “É fundamental que nos juntemos, esse é só o primeiro de diversos atos que vão provocar uma paralisação nacional. Por trás desse discurso da modernidade do trabalho, há propostas como jornada de 80 horas semanais de trabalho”, criticou o dirigente sindical.

Atos em todas as regiões do país defendem emprego e direitos

Manifestações cobram fim da política recessiva e gritam “Fora Temer”

Em todas as regiões do país, a CUT e as demais centrais sindicais promovem o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos, com paralisações em fábricas e atos diante das federações das indústrias nas capitais.

Na pauta, a defesa de direitos como a carteira assinada, da Previdência e o combate à terceirização sem limites.

Em Alagoas, cerca de mil pessoas reuniram-se na manhã desta terça-feira (16) no Centro de Estudos e Pesquisa Aplicada (Cepa), em Maceió, e seguiram em marcha até a Casa da Indústria para protestar contra o governo golpista de Temer.

Trabalhadores de diversos setores, servidores federais, urbanitários, petroleiros, juventude e trabalhadores do campo prostestam contra as medidas de austeridade do governo. O ato contou também com a participação das centrais sindicais e, ao final, simbolicamente devolveram o pato a seus donos, ao som de “Fora Temer”.

Na Bahia, o ato aconteceu em frente à Federação das Indústrias de Salvador e, no Espírito Santoos movimentos do campo se unificaram com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura e Sindicatos cutistas em uma jornada de luta com acampamento em Vitória.

Mesmo com a chuva que caiu na manhã desta terça-feira, os trabalhadores saíram às ruas de Goiânia, emGoiás, para protestar contra a retirada de direitos – Nenhum Direito a Menos! – e exigir a volta da democracia. ‪#‎ForaTemer

No Dia Nacional de Paralisação e Luta pelo Emprego e Garantia de Direitos a concentração foi na Praça Cívica e de lá seguiu em passeata pelas Avenidas Goiás e Anhanguera, detendo-se na Avenida Tocantins, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).

O ato no Pará iniciou com café da manhã na Escadinha e agora percorre a avenida Presidente Vargas, em Belém, parando na frente das agências bancárias, Correios e INSS. Com a participação da CUT, CTB, Bancários, Correios, Sinpro,  SindSaúde, Embrapa, Domésticas, Sepub e professores da rede federal.

Neste momento, na Paraíba, ocorre a concentração para o Ato em Defesa do Emprego e Contra a Retirada de Direitos, no Lyceu Paraibano, em João Pessoa

Pernambuco teve duas atividades. Pela manhã, o ato foi na Petroquímica de Suape com a participação dos sindicatos dos Metalúrgicos, da Borracha, Sindicato dos Policiais Civis, FUP e Sindicato dos trabalhadores do setor Têxtil. Contra a privatização da Petrobrás e em preparação para a Greve Geral.
A seguir, os trabalhadores se integraram ao acampamento da Fetape na Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, onde trabalhadores do campo se alojam para cobrar direitos.

No Rio Grande do Norte, pela manhã os manifestantes tomaram as ruas de Natal munidos de faixas e cartazes que denunciavam os ataques aos direitos da classe trabalhadora.

No Paraná, o ato unificado com as demais centrais aconteceu na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Já no Rio Grande do Sul, a mobilização aconteceu diante da FIERGS, a federação das indústrias local, em Porto Alegre.

CUT do Rio Grande do Sul e as demais centrais sindicais do estado denunciaram o golpe nos direitos, exigiram “Fora Temer” e apontaram greve geral em atividade diante da Fiergs

Neste momento, também acontece na Avenida Paulista, em São Paulo, uma manifestação diante da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, um dos símbolos do patronato e que luta pelo fim dos direitos trabalhistas.

Durante a luta contra o golpe, essa entidade ficou conhecida por espalhar pelo país patos de plástico numa tentativa de dizer que eles não querem pagar os impostos devidos.

No estado do Tocantins, o ato unificado com as demais centrais sindicais aconteceu na Avenida Juscelino Kubitschek, em Palmas, próximo ao Colégio São Francisco.

Em instantes, mais informações sobre os atos em todo o país.

Escrito por: CUT • Publicado em: 16/08/2016